3 de fevereiro de 2009

Os sintomas do amor são os mesmo do cólera.




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Coisa bem diferente teria sido a vida para ambos se tivessem sabido
a tempo que era mais fácil contornar as grandes catástrofes matrimoniais
do que as misérias minúsculas de cada dia. Mas se alguma coisa haviam aprendido
juntos era que a sabedoria nos chega quando já não serve para nada.

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É claro que o incidente lhes deu a oportunidade de evocar
outros arrufos minúsculosde outras tantas manhãs perturbadas.
Uns ressentimentos mexeram em outros,
reabriram cicatrizem antigas, transformaram-na em feridas novas,
e ambos se assustaram com a comprovação desoladora
de que em tantos anos de luta conjugal não tinham feito mais do que pastorear rancores.


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Mesmo quando já velhos e apaziguados,
evitavam evocá-la, porque as feridas mal cicatrizadas
voltavam a sangrar como se fosse de ontem.


Gabriel García Márquez
[ O amor nos tempo do cólera]




5 comentários:

Anônimo disse...

Que lindo!
Fico impressionada como você consegue selecionar as citações mais bonitas e perfeitas!
Parabéns, teu blog é um sonho :D
bjos,
Ly

A Coração disse...

"as feridas mal cicatrizadas
voltavam a sangrar como se fosse de ontem."

Mesmo de encontro à alma.

Lici in the sky with diamonds disse...

a ultima citacao eh mt penetrante. =~

compartilhamos medos, entao.

ivone disse...

amor nos tempos de cólera



li o livro e vi o filme (cópia fiel). gostei bem mais do livro. uma história terna como se quer no amor. e se todo o amor assim fosse?

beijos

Felicidade Clandestina disse...

não li o livro, mais o filme é de uma doçura....



que lindo seu cantinho.

beijos poéticos.