18 de setembro de 2007

Nietzsche

Tenho medo da possível influência de Nietzsche em minha vida. Principalmente agora em que me sinto tão perdida e vulnerável. Lembro de seu primeiro livro que tive em mãos, Assim falou Zaratustra. Um caos, um desastre. Ludymylla quem o diga! Passamos a odiá-lo. Eu nem entendia direito o que ele queria dizer (se é que ele queria dizer algo!), mas odiei aquilo que erroneamente eu entendi (ou fingi entender). Mas agora, N. me vem às mãos através de um best seller (inicialmente, uma coisa horrível, mas apenas inicialmente). Incrível como o pensamento dele vem ao encontro do meu. De como o aceito, concordo. Mas que não queria que fosse assim. Acreditar que jamais alguém faz algo totalmente para os outros, que todas as ações são auto-centradas, todo serviço é auto-serviço, todo amor é, indiscutivelmente, amor-próprio. Acreditar que não amamos as pessoas, mas sim as sensações que elas nos provocam. É nesse ceticismo que que eu não queria acreditar. Mas esse pensamento se mostra aos meus olhos agora tão lógico, coerente e verdadeiro... e eu temo por isso.

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