2 de novembro de 2006

Poesia e eu

Vem e fica, tristeza amiga,
tu que sabes onde me
encontrar
Faze molhar meus olhos,
Faze arder meu peito
Inerte, sofre a mesma
sina da vela que se deixa
consumir
Quero arder no meu
desejo contido, nas palavras
mudas, no bejio tácito.
Lágrimas,
ainda as tenho.¹



Ramez el Saïd


Surpreendo-me ao ver, sentir e perceber o poder das palavras. Assusto-me ao sentir o grande efeito, devastador quase sempre, que elas me provocam. As palavras são para mim escudos, muralhas, abrigo, refúgio. São nelas que me escondo, me demonstro, me entrego, me escancaro. Lastimável não ter eu o poder de dominá-las, de colocá-las em um papel, não necessariamente coesas, mas sempre coerentes como fazem meus amigos poetas. Invejo-os. Sinceramente, invejo-os. Invejo quem possui o dom inerente de transmitir sensível e emocionalmente sentimentos tão indescritíveis, como a tristeza. Como eu gostaria de ser poeta... de poder transpor tudo que há em mim, todo o meu sangue, toda a minha luta, toda a minha dor em versos, estrofes...






Quanto desejo contido!






Mas já dizia Caetano Veloso (eu acho!) em uma canção:






Meu coração não cansa de ter
esperança de ser um dia
tudo o que quer.









¹.Fábio Torres, aluno de Letras da UFC , colega da casa de Cultura Francesa e futuro amigo, assim espero...

Um comentário:

Anônimo disse...

Muitas Palavras foram feitas para serem sentidas...e destas há aquelas que devem ser guardadas, saturadas, amadurecidas, para que, com o tempo, e a rela necessidade, elas sejão proveridas com toda a sabedoria, rubor e tonalidade do íntimo do Ser...!!!

Não se procupe com nada...apenas seja...!!!

Te Amo, minha pequena psico-filo-literária...!!! ^_^v

=*******

@-;-- <=é uma florzinha...uahauhauahuahau... ^_~'v